08 novembro 2009

...mais uma vez...ao abrir um livro ao calhas...

"-Porque hei-de eu escolher algo que não desejo experienciar?

Não sei. Porquê?

-Queres dizer que às vezes a alma deseja uma coisa e o corpo ou a mente deseja outra?

O que é que tu achas?

-Mas como é que o corpo, ou a mente, pode sobrepor-se À minha alma? A alma não consegue sempre aquilo que quer?

O teu espírito procura, no sentido mais lato, esse glorioso momento em que terás um conhecimento consciente dos seus desejos e a eles te juntarás em jubilosa unicidade. Mas o espírito nunca, mas nunca, imporá o seu desejo à tua faceta actual, consciente, física. O Pai não imporá a Sua força ao Filho. Fazê-lo é uma violação da Sua própria natureza e, por isso, literalmente impossível.

O Espírito Santo não imporá a sua vontade sobre a tua alma. Não esta na natureza do espírito fazê-lo e, por isso, é praticamente impossível.
É aqui que acabam as impossibilidades. A mente tenta muitas vezes impor a sua vontade ao corpo – e fá-lo. Da mesma forma, o corpo procura muitas vezes controlar a mente – e muitas dessas vezes consegue.
Contudo, o corpo e a mente, juntos, não têm de fazer nada para controlar a alma – pois a alma está totalmente desprovida de necessidades (ao contrario do corpo e a mente que estão atulhados delas) e por isso deixa que o corpo e a mente levem sempre a deles avante.
De resto, a alma também não desejaria que fosse de outra maneira – pois se a entidade que tu és se destina a criar, e consequentemente a saber quem realmente é, deve existir através de um acto de consciente volição e não de inconsciente obediência.
Obediência não é criação e, portanto, nunca pode levar à salvação.
A obediência é uma reacção, enquanto a criação é pura opção, não imposta, não exigida.
A pura opção conduz à salvação através da pura criação do mais elevado ideal no momento que passa.
A função da alma é mostrar o seu desejo, não impô-lo.
A função da mente é optar por uma das duas alternativas.
A função do corpo é representar essa opção.
Quando o corpo, mente e alma criam em conjunto, em harmonia e em unidade, Deus faz-se carne.
É então que a alma se conhece a si mesma na sua própria experiencia.
É então que os Céus rejubilam.


Agora mesmo, neste preciso instante, a tua alma criou de novo a oportunidade para que sejas, faças e tenhas tudo o que é preciso para saberes Quem Tu Realmente És.
A tua alma trouxe-te as palavras que estás a ler neste momento – como já antes te trouxe palavras de sabedoria e verdade.
Que vais fazer agora? Que decidirás ser?
A tua alma aguarda, e observa com interesse, como já tantas vezes o fez.
"



inConversas com Deus – livro I” – Neale Donald Walsch

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