23 abril 2010

Pensamento do dia



" “Uma declaração de amor”... Haveria muito a dizer sobre esta expressão. Os homens e as mulheres têm o hábito de declarar uns aos outros o seu amor, sem saberem que nesse modo de agir se infiltra um elemento interesseiro, egoísta. Eles querem atrair, conquistar, capturar, a pessoa a quem estão a dirigir-se. Escrevem-lhe ou falam-lhe o mais poeticamente possível, escolhendo os gestos, as palavras e o tom de voz apropriados, na esperança de que a pessoa, seduzida, tocada, encantada, acabe por se deixar convencer. Geralmente, o amor que se exprime tem por objectivo conquistar e guardar para si o ser amado; a partir desse momento, mais ninguém tem o direito de se aproximar dele. Portanto, na realidade, o egoísmo e a falta de fé na força do amor é que guiam os humanos. Como eles não têm o verdadeiro amor que faz maravilhas, apressam-se a manifestá-lo por meios concretos – a palavra, a escrita, os gestos –, a fim de aprisionarem o ser que amam. E se afirmam que é a força do sentimento que os impele a agir assim, na realidade estão a declarar a sua própria fraqueza. Quem é habitado pelo verdadeiro amor não o exprime, não é necessário, pois esse amor sente-se: ele irradia. "






Omraam Mikhaël Aïvanhov

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