26 outubro 2008

Por vezes...



"Viajo
e sou vento no cabelo
sou fogo sobre o gelo
sou tiro que parte num duelo final...
Sou guerra
e só procuro ter paz
e tu não me dás
sou fera inflamável
como gás

Eu sou assim
Chego e desapareço cedo
eu sou a noite no espaço
ninguém me vê por onde eu passo

Eu parto e finjo que sou cruel
Espada de papel
Sou tinta
E tu és pincel, fiel

Eu sou assim
Chego e desapareço cedo
eu sou a noite no espaço
ninguém me vê por onde eu passo

Sou o vento todo o ano
Estou aqui por engano
Sou um tiro num duelo
Sou a noite
Sou o vento

Eu sou assim
Chego e desapareço cedo
Eu tenho tudo
E nunca desespero
às vezes desço abaixo de zero
Sou má

Sou guerra
E só procuro ter paz
E tu não me dás
Sou fera inflamável
como gás "


Lúcia Moniz - Sou como a Noite

Às vezes não sei o que sou,
o que faço aqui.
olho ao redor,
deparo-me com o vazio.
estou só,
perdida.
sem saber para onde ir
o caminho nunca mais tem fim
continuo em frente
encontro curvas e contra-curvas,
mas nunca mais chego ao fim
nem um sinal
nem uma luz
ninguém.
simplesmente só...
somente eu.

1 comentário:

João disse...

é uma resposta que só tu podes encontrar e tu, só tu, o sabes fazer. O vazio que sentes não é total, bem como o vazio que vês não é real. Nem tudo o que existe é tudo aquilo que vemos, e nem tudo o que vemos existe.

Gama viu a Índia onde tripulantes viam mar vazio...